quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Principais Autores da Poesia


Vinicius de Moraes 

Marcus Vinicius da Cruz Mello Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro. Atraído pela música desde cedo, Vinícius de Moraes teve seu primeiro poema musical publicado na revista A Ordem, em 1932. Morreu também no Rio de Janeiro, a 9 de julho de 1980. Os primeiros passos de sua carreira estão ainda sob influências neo- simbolistas, contendo certo misticismo. Porém, logo modificou seu estilo para o erotismo, em contraste à suas obras de tom bíblicas anteriores. Nesta segunda fase, Vinícius de Moraes é caracterizado por inovações na ordem formal, a mais notável destas seria o aparecimento dos sonetos. Revela também, nesta segunda fase, uma valorização para o momento, com as coisas acontecendo de repente. Seus poemas trabalharam também com a felicidade e/ou a infelicidade muitas vezes, também. O autor procurou também escrever algumas poesias no ramo social. Fez também importante colaboração para a música nacional, cantando no estilo bossa nova. 


Principais obras:

O Caminho para a Distância 
Forma e Exegese 
Ariana, a Mulher 
Novos Poemas 
Cinco Elegias 
Poemas, Sonetos e baladas 
Pátria Minha 
Livro de Sonetos 
O Mergulhador 
A Arca de Noé 




Jorge de Lima

Jorge Mateus de Lima nasceu em União dos Palmares, AL, 1895 e morreu no Rio de Janeiro em 1953. No país em que p. Antônio Vieira elaborou inúmeros de seus memoráveis ‘Sermões’, já disseram que esse poeta do século XX foi o maior escritor barroco nacional; outro crítico o denominou de o maior poeta brasileiro de todos os tempos; um ficcionista de renome disse ter testemunhado uma confidência segundo a qual o autor do ‘Livro de Sonetos’ganharia, em breve, o Prêmio Nobel, se não tivesse morrido. Jorge de Lima suscita paixões inflamadas em quem quer que se aproxime de sua obra com a atenção necessária. Tendo ficado famoso logo após o Modernismo com poemas que seguiam o programa do movimento, ele logo se distinguiu por criar uma obra de grandeza incomparável. ‘Invenção de Orfeu’, sua obra monumental, é um poema cosmogônico de estrutura sinfônica, no qual, através de um emaranhado de poemas a um só tempo independentes e, de certa forma, interligados, o demiurgo flagra o momento preciso em que o caos originário quer se manifestar em qualquer ordem possível. Se Platão ensinou que poesia é a passagem do não-ser ao ser, de tal forma que o originário continue se manifestando na superfície, Jorge de Lima é o poeta por excelência, o poeta dos poetas, o poeta dos pensadores. 



Principais obras:

XIV Alexandrinos (1914)
O Mundo do Menino Impossível (1925)
Poemas (1927)
Essa Negra Fulô (1928)
Novos Poemas (1929)
O Anjo (1934)
Calunga (1935)
Tempo e Eternidade (1935)
A Túnica Inconsútil (1938)
A Anunciação e Encontro em Mira-Celi (1940)
Livro de Sonetos (1949)
Invenção de Orfeu (1952)
Poesia Completa (1998)




Murilo Mendes


   Murilo Monteiro Mendes nasceu em 1901, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Iniciou os estudos em sua terra natal e depois no Colégio Salesiano, em Niterói. Depois de formado exerceu diversas atividades profissionais, como dentista, telegrafista, auxiliar de guarda-livros, notário e Inspetor Federal de Ensino. 
Quando rapaz, por não conseguir se encaixar na escola ou no trabalho, foi morar com seu irmão mais velho no Rio de Janeiro. Onde acabou firmando-se como escrivão. 
Sob a influência de Belmiro Braga, mestre e vizinho iniciou nas letras e passou a participar, eventualmente, de publicações modernistas como, “Terra Roxa e Outras Terras” e “Antropofagia onde, aos 24 anos publicou o poema Mapa. 
Em 1930, publicou “Poemas”, seu primeiro livro, sempre negando ser filiado de algum movimento específico, nem mesmo do Modernismo, até que em 1934 converteu-se ao Catolicismo e, com Jorge de Lima, dedicou-se à poesia religiosa, mística, num movimento de "restauração da poesia em Cristo". 
De 1953 a 1955 percorreu diversos países da Europa, divulgando, em conferências, a cultura brasileira. Em 1957, se estabeleceu em Roma, onde lecionou Literatura Brasileira. Faleceu, em Portugal, em 1975.





Principais obras:

Poemas (1930)
História do Brasil (1932)
Tempo e Eternidade. Colaboração de Jorge de Lima (1935)
O Sinal de Deus (1936)
A Poesia em Pânico (1936)
O Visionário (1941)
As Metamorfoses (1944)
O Discípulo de Emaús (1945; 1946)
Mundo Enigma (1945)
Poesia Liberdade (1947)
Janela do Caos (1949)
Contemplação de Ouro Preto (1954)
Poesias (1925-1955).
Tempo Espanhol (1959)
A Idade do Serrote (memórias) (1968)
Convergência (1970)
Poliedro (1972)
Retratos-relâmpago (1973



Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, contista e cronista brasileiro.
Nasceu em Minas Gerais, em Itabira. Depois, foi estudar em Belo Horizonte e Nova Friburgo. Em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que juntava os primeiros modernistas mineiros. Pela insistência da família, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto, em 1925 profissão pela qual demonstrou pouco interesse.
Com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A Revista" que foi importante para divulgar o modernismo em Minas e no Brasil 

Começou a escrever cedo como, poesia, livros infantis, contos e crônicas, mas durante a maior parte da vida foi funcionário público, no Rio de Janeiro, onde foi morar.
Várias obras de Drummond foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas.
Em agosto de 1987 morreu a sua única filha, a cronista Julieta. Doze dias depois, o poeta faleceu. Tinha publicado vários livros de poesia e obras em prosa - principalmente crônica. Em vida, já era consagrado como o maior poeta brasileiro de todos os tempos.
O nome de Drummond está associado ao que se fez de melhor na poesia brasileira, pela grandiosidade e pela qualidade .


Principais obras:

Alguma Poesia (1930) 
Brejo das Almas (1934) 
Sentimento do Mundo (1940) 
José (1942) 
A Rosa do Povo (1945) 
Claro Enigma (1951) 
Fazendeiro do ar (1954) 
Quadrilha (1954) 
Viola de Bolso (1955) 
Lição de Coisas (1964) 
Boitempo (1968) 
A falta que ama (1968) 
Nudez (1968) 
As Impurezas do Branco (1973) 
Menino Antigo (Boitempo II) (1973) 
A Visita (1977) 
Discurso de Primavera (1977) 
Algumas Sombras (1977) 
O marginal clorindo gato (1978) 
Esquecer para Lembrar (Boitempo III) (1979) 
A Paixão Medida (1980) 
Caso do Vestido (1983) 
Corpo (1984) 
Amar se aprende amando (1985) 
Poesia Errante (1988) 
O Amor Natural (1992) 
Farewell (1996) 
Os ombros suportam o mundo 
Futebol a arte (1970) 


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